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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Olhares Oblíquos...

Sem definições. Sem apresentações.
Uma mulher normal. Ou não? Demorei muito tempo para aprender a lidar com meus sentimentos e com os acontecimentos emocionalmente afetivos e não vou deixar qualquer TPMzinha me atrapalhar.
Os dias são inconstantes e vulneráveis. Tudo bem, alguns dias são normais e esses dias não têm sido muito diferentes dos outros. Mas “nestes dias” é tudo muito mais intenso, muito mais difícil, muito mais sensível, muito mais chato!
Hoje eu acordei com um humor horroroso e quando cheguei ao trabalho quis chorar. Mas tudo bem, o jeito foi sair da minha zona de conforto, tomar um café e o sol voltou a brilhar. Até o telefone tocar e chover em todos os meus eternos 2 minutos de ligação. Uma hora parece uma semana e todos os olhares oblíquos me julgam. Não quero mais ser isso. Ou aquilo. Porque temos que ser fortes?
“Direitos Iguais” não significa perda de romantismo ou ausência de gentilezas. Hoje estou sensível, amanhã estarei grosseira. Hoje eu quero preto, amanhã eu quero umas bolinhas cor-de-rosa. Hoje eu sinto frio, amanhã também. Porque a felicidade está nas coisas simples.
Você pergunta – tudo bem? E ouve a resposta – Tudo sim. E lá vem o silêncio. Porque ficar esperando o E VOCÊ? É muito ruim. E cruel. E engraçado. Você faz castelos sobre o que responder… Mas você vai responder pra quem? Ninguém perguntou como foi o SEU dia!
Mas também se perguntassem eu diria: Senta aqui colega que eu vou te contar uma história e …  Acho que ninguém iria querer ouvir. Nem eu. Hoje eu estou com raiva até de mim.
Estou com raiva porque estou dirigindo e quando olho no retrovisor do carro, vejo o sol se pondo… Que vista linda! Então me vem à cabeça que estou seguindo na direção errada, já que o sol está lá atrás. Mas não estou. Tenho que aceitar isso. Todos os dias o sol vai nascer e se pôr. Preciso me acostumar! Mas não quero!
Hoje eu não quero nada. Hoje eu quero tudo!
Pois é! Eu sei que é muito difícil de entender. Nem eu entendo. Mas que é chato ser mulher, ah isso é!

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